John Deere vai ampliar duas fábricas no Rio Grande do Sul

  • 25/07/2019
John Deere vai ampliar duas fábricas no Rio Grande do Sul

Apesar de a empresa não revelar o valor do investimento, segundo a assessoria de comunicação do deputado estadual Ernani Polo (PP), a empresa teria sinalizado ao parlamentar que o valor em Horizontina deverá ficar próximo de R$ 100 milhões.



Na unidade atuam quase 2 mil funcionários na produção de três modelos de plantadeira e sete de colheitadeira. A ampliação, que será 90% voltada para o mercado interno e o restante para exportações, agora depende apenas de um acordo com o governo do Estado para a construção de um novo acesso à fábrica, diz Herrmann. A John Deere negocia uma compensação tributária para assumir os custos da obra, de 10 quilômetros.


Conforme Herrmann, são cerca de 200 caminhões carregando matéria-prima e equipamentos que precisam cruzar a cidade para chegar até a fábrica.


De acordo com o vice-prefeito de Horizontina, Jones Jehn da Cunha, a empresa já adquiriu uma nova área no distrito industrial da cidade para as áreas de logística, expedição e recebimento de matérias-primas.


Além disso, diz Cunha, a empresa deverá erguer na cidade o Museu da Soja, com investimento de cerca de R$ 20 milhões, onde antigamente funcionava a fábrica da SLC, adquirida pela multinacional.


No caso da unidade de Montenegro, o projeto de ampliação da unidade de tratores deve trazer uma resposta à investida da concorrente AGCO. A multinacional está trazendo ao Brasil a produção de uma nova marca, a Fendt, de tratores de alta potência, também fabricados no Rio Grande do Sul. Há dois anos, a John Deere ultrapassou a AGCO como maior fabricante de tratores do Brasil.


- Os investimentos no agronegócio brasileiro, destacou o presidente da John Deere no Brasil, Paulo Herrmann, se justificam pelo que ele define como um "grande alinhamento de astros" que muito favorece o cenário para a produção de grãos no País. O executivo lista, por exemplo, a guerra comercial entre Estados Unidos e China, o avanço da peste suína africana na Ásia como um todo (o que vai demandar mais frangos e suínos brasileiros, e, consequentemente, mais grãos para alimentar o plantel) e a quebra da safra norte-americana de grãos.


- Com esse alinhamento de astros a nosso favor, estimamos que as vendas de máquinas agrícolas no Brasil devem crescer entre 5% e 8%. E a John Deere deverá crescer acima dessa média - resume,.


Apesar de não revelar o faturamento da empresa no Brasil por questões estratégias, Herrmann diz apenas que globalmente a companhia registrou US$ 35 bilhões no ano passado e que o Brasil é o segundo maior mercado (atrás apenas do norte-americano). O executivo aponta para 2020 projeções que trarão ao Brasil novos e importantes números. "A safra de soja deve crescer 7% por aqui, nos tornando o maior produtor do mundo pela primeira vez. Milho deve crescer 3%, e ultrapassar as 100 milhões de toneladas", lista o executivo.

Fonte: Jornal do Comércio


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