ONG se dedica a resgatar e reabilitar cavalos de maus-tratos
- 30/05/2019
Um grupo de pessoas se dedica a cuidar de cavalos em situação de maus-tratos em Santo Ângelo. O trabalho é feito na ONG Pé de Pano, criada há quatro anos. Neste período, mais de 200 animais já receberam atendimento. Por mês, a organização diz que recebe cerca de 60 denúncias.
Um dos objetivos é que os cavalos, após receberem os cuidados necessários, sejam adotados. Até hoje, foram 15 adoções.
"Quando a gente vai recolher um animal, é sempre na presença de uma autoridade policial. Eles que fazem um boletim de ocorrência, que se transforma num processo perante a Justiça. Mas nós, como ONG, sempre procuramos que o animal continue na ONG porque não seria justo tu fazer todo processo de retirada, reabilitação e ele voltar para o algoz", destaca a advogada Cristiane Peixoto, que integra o grupo.
Um dos cavalos adotados foi o Bóris. Há um ano e meio, ele foi arrastado por duas quadras pelo proprietário que estava dentro do carro e que, mesmo com o cavalo no chão, não soltou a corda. "O animal tem que ser bem tratado, bem cuidado", diz o agricultor que o adotou, Hélio Schmidt.
"Isso é o que nos motiva a continuar, a lutar e a não desistir psra que outros cavalos também possam ter essa oportunidade", salienta a estudante de veterinária e voluntária da ONG Ana Carolina Moraes.
Para abrigar os animais, a ONG arrendou um espaço de 10 hectares, com área verde. Voluntárias do projeto estão juntando dinheiro para poder construir baias para os animais que chegam mais fracos, e assim evitar que eles sofram com a chuva e o frio.
"Nós já flagramos cavalos suspensos pela carroça, já flagramos cavalos esfaqueados, inclusive muitos casos de animais descartados para morrer em locais públicos da cidade quando chegam em estado final de desnutrição", conta Ana.
Além das doações da comunidade, a ONG também conta com parceiros, como uma veterinária profissional que atende por um valor menor.
Segundo a ONG, os cavalos chegam consomem cerca de 1,5 toneladas de ração por mês. Eles também recebem outros tipos de alimento, como cenouras.
A ONG também atua na conscientização da população, principalmente crianças, e carroceiros que utilizam cavalo para seu sustento.
Fonte: G1