Saiba como evitar o mosquito Aedes aegypti

  • 13/01/2023

Saiba como evitar o mosquito Aedes aegypti

Registro de mortes causadas pela doença alcançou recorde histórico em 2022

Temperaturas mais altas e maior acúmulo de chuva são a combinação perfeita para a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. O Brasil confirmou 1.086 mortes em 2022, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde no início deste mês. O número representa um novo recorde anual de mortes pela doença no país e é 10% superior ao pico de 985 óbitos registrado em 2015.

Os cuidados com a organização e a limpeza doméstica podem ajudar no controle dos mosquitos. Algumas ações fundamentais podem mudar o cenário da doença até o verão de 2023, diz o especialista Jeferson de Andrade, pesquisador de desenvolvimento de produtos e mercado da BASF. “Um programa de controle do mosquito A. aegypti requer um trabalho conjunto de toda a sociedade. Não há inseticidas ou larvicidas que, por si só e de forma isolada, possibilite resolver um tema tão complexo. Todos nós fazemos parte da solução. Os inseticidas são uma das ferramentas deste trabalho”, garante.

O conhecimento é o maior aliado na prevenção de doenças e no controle de vetores, segundo pesquisadores. "Para um controle eficaz do mosquito, é essencial conscientizar a população através de medidas simples, como usar telas nas portas e janelas, colocar areia nos vasos de plantas, manter sempre a residência livre de entulhos e outros possíveis locais de criadouros de larvas e colaborar com os agentes de saúde pública para proteger toda casa contra o mosquito. Além disso, empresas especializadas no controle de pragas urbanas também podem ser acionadas para aplicação de inseticidas e outras técnicas de controle em áreas com maior incidência de casos", finaliza Jeferson.


Confira mais detalhes sobre a reprodução do mosquito:

Água limpa não é o único local de reprodução

A fêmea do mosquito A. aegypti põe seus ovos em água, de preferência limpa. No entanto, há relatos de larvas em água suja ou contaminada, embora isso seja raro. Os ovos podem permanecer ativos por até um ano, esperando a água eclodir. Portanto, deve-se sempre ter cuidado para evitar recipientes com água parada.

Os criadouros podem ter qualquer tamanho

Os criadouros nem sempre se desenvolvem em recipientes pequenos a médios. O Aedes aegypti pode colocar ovos em qualquer concentração de água. Dito isso, qualquer tipo de contêiner pode se tornar um criadouro se houver o hábito de não organizar e limpar seu entorno. Outro dado importante é o tempo de permanência da água no recipiente: se persistir por mais de 7 dias, deve ser retirada.

Os criadouros nem sempre estão em locais sombreados

Mesmo que busquem preferencialmente lugares protegidos e sombreados, os insetos também são encontrados em recipientes com água parcial ou totalmente expostos ao sol. As larvas fogem do sol, mas este não é um fator que impede o seu desenvolvimento.

Uma piscina pode ser um criadouro potencial

Se a piscina não é usada, é preciso esvaziá-la. Caso acumule água depois da chuva, ela deve ser tratada com cloro, observando a dosagem correta, para eliminar as possíveis larvas geradas.

O controle do mosquito também deve continuar no inverno

É certo que as baixas temperaturas reduzem o aparecimento de mosquitos porque tornam os ciclos biológicos mais longos, ou seja, é necessário mais tempo para o mosquito atingir a fase adulta. No entanto, os ovos podem sobreviver durante o inverno e continuar seu desenvolvimento na primavera.

FONTE: AGROLINK


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