Gêmeas siamesas de São Luiz Gonzaga nascidas em Porto Alegre seguem na UTI, e família relata evolução surpreendente

  • 10/11/2022
Gêmeas siamesas de São Luiz Gonzaga nascidas em Porto Alegre seguem na UTI, e família relata evolução surpreendente

Com 10 dias de vida, as gêmeas siamesas Milena e Sofia seguem internadas na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Fêmina, em Porto Alegre. A mãe, a auxiliar de serviços gerais Lorisete dos Santos, 37 anos, teve alta na segunda-feira (7) e aguarda a retirada dos pontos da cesárea. O episódio teve repercussão nacional porque a Justiça negou a interrupção da gestação.

Lorisete e o marido, o pedreiro Marciano da Silva Mendes, 37 anos, estão hospedados em uma pousada no bairro Navegantes, na Capital, o que facilita os deslocamentos para visitar as filhas. Antes, passaram pela casa de parentes. A Secretaria de Saúde de São Luiz Gonzaga, nas Missões, cidade de origem de ambos, está custeando as diárias. Há cozinha compartilhada no local, onde se pode preparar refeições, e também serviço de lavagem de roupas, mediante pagamento de uma taxa.
A sobrevivência no dia a dia tem dependido da ajuda que chega, principalmente, via Pix. Lorisete teve de parar de trabalhar com o avanço da gravidez, e Marciano, que recebe por empreitada, não pega nenhum serviço há mais de um mês. As visitas às meninas costumam ocorrer à tarde.
Dada a complicação do curso gestacional de Lorisete, não havia perspectiva de que as gêmeas sobrevivessem após o parto — laudos médicos indicavam a condição de incompatibilidade com a vida. Segundo Marciano, a evolução do quadro de saúde de Milena e Sofia tem surpreendido a equipe assistencial.
— Eles não esperavam esse milagre que está acontecendo. Elas estão reagindo muito bem, graças a Deus — conta o pai.
Milena, de acordo com Marciano, deve se submeter a uma cirurgia no estômago, a ser realizada em outra instituição. Não há possibilidade de realizar procedimentos que possam desconectar as gêmeas, também de acordo com o relato do pai, que define as filhas como "um corpo só e duas cabeças".
— Na medicina deles, não existe separação para elas — relata o pedreiro.
GZH vem tentando contato com o Hospital Fêmina, do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). A assessoria de imprensa alegou, na semana passada, que não se pronunciaria.
FONTE: Jac Radialista

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