Dia Nacional de Luta Antimanicomial motivou programação em Horizontina

  • 15/05/2019

Dia Nacional de Luta Antimanicomial motivou programação em Horizontina

Com a organização da Secretaria Municipal de Saúde através do CAPS 1-Vida Nova, o município de Horizontina realizou na manhã desta quarta-feira, dia 15 de maio, uma caminhada como atividade ao dia 18 de maio, sábado próximo, quando se comemora o Dia Nacional de Luta Antimanicômios aos portadores de patologias psíquicas.

No CAPS 1- Vida Nova, a equipe multidisciplinar da Secretaria Municipal de Saúde trabalha a melhoria coletiva da saúde mental de seus pacientes, que através de atividades grupais, oficinas, e quando necessário o atendimento individualizado, permanecem no convívio familiar e da comunidade, enquanto passam pelo tratamento, em alguns casos de forma mais passageira em outros com permanência mais longa, mas sempre merecendo o atendimento profissional humanizado das equipes.

Da caminhada que teve apoio da Brigada Militar na condução do trânsito participaram profissionais de saúde, pacientes atendidos pelo CAPS 1, gestores das áreas sociais do município, professores e autoridades, entre elas o Prefeito Antônio Lajús.

O Movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela luta em defesa dos direitos das pessoas com sofrimento mental. Dentro desta luta está o combate à ideia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos, ideia baseada apenas nos preconceitos que cercam a doença mental.

O Movimento da Luta antimanicomial faz lembrar que como todo cidadão, estas pessoas têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direto a receber cuidado e tratamento sem que para isto tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.

O Movimento da Reforma Psiquiátrica se iniciou no final da década de 70, em pleno processo de redemocratização do país, e em 1987 teve dois marcos importantes para a escolha do dia que simboliza essa luta, com o Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental, em Bauru/SP, e a I Conferência Nacional de Saúde Mental, em Brasília.

Com o lema “por uma sociedade sem manicômios”, diferentes categorias profissionais, associações de usuários e familiares, instituições acadêmicas, representações políticas e outros segmentos da sociedade questionam o modelo clássico de assistência centrado em internações em hospitais psiquiátricos, denunciam as graves violações aos direitos das pessoas com transtornos mentais e propõe a reorganização do modelo de atenção em saúde mental no Brasil a partir de serviços abertos, comunitários e territorializados, buscando a garantia da cidadania de usuários e familiares, historicamente discriminados e excluídos da sociedade.

Assim como o processo do Movimento da Reforma Sanitária, que resultou na garantia constitucional da saúde como direito de todos e dever do estado através da criação do Sistema Único de Saúde, o Movimento da Reforma Psiquiátrica resultou na aprovação da Lei 10.216/2001, nomeada “Lei Paulo Delgado”, que trata da proteção dos direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo de assistência. Este marco legal estabelece a responsabilidade do Estado no desenvolvimento da política de saúde mental no Brasil, através do fechamento de hospitais psiquiátricos, abertura de novos serviços comunitários e participação social no acompanhamento de sua implementação.

Fonte: Paulo Roberto Staziaki - Assessoria de Comunicação - Prefeitura Municipal de Horizontina

Fonte colaborativa: Blog da Saúde/Ministério da Saúde


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