Senado pode elevar faixa de isenção do Imposto de Renda de R$ 2.500 para R$ 5 mil
- 05/10/2021
O Senado Federal pode mudar o texto da reforma do Imposto de Renda aprovado na Câmara dos Deputados. O objetivo dos senadores é elevar a faixa de isenção para pessoas físicas. Com isto, a alíquota da contribuição sobre lucros e dividendos pagos por empresas será reduzida. Caso isto se confirme, o Auxílio Brasil, que deve substituir o Bolsa Família, pode ficar comprometido. Os deputados reduziram de 20% para 15% a taxação de lucros e dividendos. No Senado, a proposta é reduzir um pouco mais, para 10%. Para o presidente do Conselho de Economia do Distrito Federal, Cezar Bergo, isto pode sacrificar o governo, que deverá arrecadar menos e deixar de executar algumas propostas. “Infelizmente o que a gente vê para o cenário é aquele prognóstico de arrecadação que o governo tinha feito para efeito de Reforma Tributária: ele poder, de alguma forma, arrecadar recurso para fazer frente aos gastos dele. Infelizmente parece que cada mexida que o Congresso faz esse desejo vai se reduzindo”, explica. Cezar Bergo lembra que esta redução na taxação do Imposto de Renda da reforma quebra a expectativa do governo de lançar um novo programa social, e com pouco recurso. O Auxílio Brasil fica mais distante. “Teve uma iniciativa do Executivo de propor um nível de isenção. Só que aí vai bater lá dentro da Câmara e do Senado, agora especialmente no Senado. A gente vê que isso é insuficiente”, pondera. Esta faixa de isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física, segundo o relator da reforma no Senado, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), é que ela passe dos R$ 2.500 mil para R$ 5 mil. A proposta já foi aprovada na Câmara dos Deputados.
FONTE: Por Luis Ricardo Machado
Rede de Notícias Regional /Brasília
Crédito da foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
