Senado vai analisar PL que cria vale de 50% no valor do gás de cozinha para famílias de baixa renda
- 01/10/2021
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que prevê um vale de 50% no preço do gás de cozinha para famílias de baixa renda. O Auxílio Gás Social será concedido preferencialmente às mulheres vítimas de violência doméstica beneficiadas por medidas protetivas de urgência. De acordo com a proposta, terão direito ao benefício famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, o CadÚnico, ou que receba o benefício de prestação continuada. O poder Executivo deverá organizar e distribuir o recurso para as famílias beneficiadas. O relator da proposta na Câmara, deputado Christino Áureo (PP-RJ), destaca que a medida é necessária, visto o aumento no preço do gás de cozinha no país. “O GLP, impactado pela formação de preços, vinculada ao barril de petróleo, à variação do câmbio, atinge, como já é do conhecimento desta Casa, em algumas praças, o valor de até R$ 120, o que é um valor insuportável para famílias de uma forma geral, mais especificamente para aquelas que compõem o CadÚnico, e ainda mais especificamente para um corte de famílias em extrema pobreza”, explica.A deputada Rejane Dias (PT-PI) ressalta a importância do botijão de gás para as famílias, em especial pela segurança. “Temos relatos de uma mãe de família em São Paulo que chegou a perder a sua própria vida porque já não tinha mias condição de comprar um botijão de gás. A única opção que ela teve foi cozinhar com uso de álcool. Outras famílias já estão usando o fogão à lenha. Tanto é que dados estatísticos já mostram que aumentou, e muito, quase que dobrou a quantidade de famílias, em algumas regiões, que já estão usando até mais o fogão à lenha do que o próprio uso do botijão de gás, porque não tem mais condição, não tem acesso devido ao agravamento dessa crise que abateu o nosso país, que é a crise sanitária provocada pela Covid-19”, ressalta. O projeto de lei agora será enviado para o Senado Federal. Se for aprovado como está, a medida segue para a sanção presidencial.
FONTE: Por Luis Ricardo Machado
Rede de Notícias Regional /Brasília
Crédito da foto: Agência Câmara