Mangueira de jardim teria motivado briga e morte entre vizinhos

  • 09/12/2019
Mangueira de jardim teria motivado briga e morte entre vizinhos

O estopim para a discussão entre vizinhos que terminou em duas mortes na manhã deste domingo (8) no bairro Três Figueiras, em Porto Alegre, seria uma mangueira de jardim. Rildo Alda Ferreira, 36 anos, teria atingido a cabeça de Rosiclei da Rosa Pires, 52, com uma pedra. O homem recebeu atendimento no Hospital Cristo Redentor, não resistiu aos ferimentos e morreu.

No local do homicídio, foi localizada a carteira de identidade de Ferreira. Plantonista da DHPP, o delegado João César Nazário foi comunicado do crime e acionou uma equipe para verificar. Por volta das 11h30min, quando chegava ao local, um dos agentes encontrou o suspeito. Ele teria retornado para procurar o documento e reagido à abordagem policial.

— Recebeu voz de prisão, mas não obedeceu e foi em direção ao policial, querendo tirar a pistola dele — afirmou o delegado.

Uma testemunha, que pediu para ter o nome preservado, disse que o homem parecia transtornado e tentou avançar contra o agente da DHPP.

— O policial dizia: "Para, para", mas não adiantava. O policial deu dois tiros para o chão, mas ele continuou, aí, atirou. Foi legítima defesa — garantiu.

Ferreira, que não estaria armado naquele momento, morreu no local. Teria sido atingido em uma perna e no peito. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) deve apontar o número exato de disparos. O agente da DHPP, que não teve o nome divulgado, evitou entrevista.

Ferreira vivia sozinho em uma casa das imediações havia três meses e seria guardador de carros. A carteira de identidade apreendida pela DHPP aponta que seria natural do Paraná.

Pires era morador da área havia 30 anos e se preparava para ir trabalhar quando foi ferido. Era auxiliar de starter (organizador de times e orientador de jogadores) no Porto Alegre Country Club desde março de 2018, mas já havia atuado como prestador de serviços em anos anteriores. O assassinato levou a direção do local a suspender a confraternização de final de ano. Estava marcado um almoço nesta segunda-feira (9) para os 65 funcionários.

— Foi um grande choque. Era uma pessoa muito querida. Em respeito, cancelamos o evento e estamos prestando apoio à família — afirmou Cristina Vellinho, gerente-geral do Country Club.

Em sinal de luto, a bandeira do clube foi hasteada a meio mastro.

Fonte: Gaúcha ZH

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