Quase 900 mil contribuintes caíram na malha fina da Receita Federal em 2021

  • 13/10/2021
Quase 900 mil contribuintes caíram na malha fina da Receita Federal em 2021

Caiu na malha fina da Receita Federal, o que fazer? Dois vírgula quatro por cento dos declarantes caíram na malha fina por omissão de rendimentos. Dos quase 37 milhões de brasileiros que fizeram a declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física 2021, ano base 2020, mais de 860 mil declarações foram retidas em malha. Um dos principais motivos é a falta de esclarecimentos dos ganhos reais, como salários, ações judiciais e rendimento de aluguel. O auditor fiscal aposentado da Receita Federal, Francisco Pinto, informa que não são os funcionários da Receita que ficam olhando as inconsistências das declarações. Este trabalho é feito pelo sistema de computação da própria Receita Federal. “Segundo o próprio fisco informou na imprensa, há cruzamento de informações que permitem perceber a inconsistência de informações. E isto é feito de forma automatizada. Não é possível um servidor da malha fina escolher uma pessoa, quem sabe um desafeto, para incluir na malha fina e prejudicá-lo. A escolha, a retenção da declaração na malha fina é feita através de cruzamento das informações de forma automatizada”, explica. Francisco Pinto lembra, também, que um outro fator que faz o declarante cair na malha fina são as despesas médicas. Quando há divergência de valores, o sistema da Receita Federal detecta de imediato. “Os erros mais comuns são aqueles relacionados com as despesas médicas. O contribuinte informa que pagou um valor X para o médico, e esse informa que recebeu um valor Y. Havendo divergência, aí entre o que o contribuinte disse que pagou e aquele que o médico disse que recebeu. Em seguida vem o imposto retido na fonte. O contribuinte declara que foi retido na fonte sobre seus rendimentos uma quantia e a empresa que ele pagou declara outro. Na chamada DIF, a declaração do imposto retido na fonte, havendo divergência entre o valor retido na fonte, gera a chamada “malha fina”. O auditor aposentado diz que para ter uma solução mais rápida para o contribuinte que caiu na malha fina, o caminho é procurar a Receita Federal. Segundo Francisco Pinto, não é necessário esperar receber a notificação da Receita. “Ou o contribuinte toma a iniciativa e antecipa a entrega dos documentos e informações de forma digitalizada ou aguarda ser intimado pelo fisco. Na maioria das vezes, a melhor opção é a primeira: antecipar a entrega de documentos e informações, em especial quando se tem restituição a receber”, afirma.

FONTE: Por Luis Ricardo Machado

Rede de Notícias Regional /Brasília

Crédito da foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


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