Extensão do Auxílio Emergencial pode custar mais R$ 20 bilhões ao governo

  • 26/05/2021
Extensão do Auxílio Emergencial pode custar mais R$ 20 bilhões ao governo

Uma possível prorrogação do Auxílio Emergencial este ano está na mira do Congresso Nacional. O benefício, pago desde o ano passado, foi criado para ajudar quem teve a renda afetada pela pandemia do novo Coronavírus. Em 2020 foram pagas parcelas de R$ 600 e R$ 300, totalizando um gasto para o governo de R$ 288 bilhões. Neste ano, o Congresso disponibilizou R$ 44 bilhões para o benefício e o governo está pagando quatro parcelas de, em média, R$ 250. Porém, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), informou que o parlamento estuda a extensão do auxílio até que se crie um programa mais amplo de assistência social no país. “O que nos cabe agora como homens públicos, responsáveis e tendo essa responsabilidade social, mas obviamente sem esquecer da responsabilidade fiscal, é identificarmos se esses quatro meses do Auxílio Emergencial serão suficientes ou se precisaremos estender por mais um ou dois meses. De qualquer forma, independente de qual seja o cenário relativo ao benefício, precisaremos estabelecer a discussão e a implantação efetiva de um programa social que implemente ou substitua o Bolsa Família, atingindo o maior número de pessoas realmente necessitadas e que possa, eventualmente, ter um valor um tanto quanto acrescido”, explica o senador. De acordo com o presidente do Senado, é preciso, também, pensar em medidas para diminuir o desemprego neste período. “As pessoas empregadas, as pessoas trabalhando, obviamente elas não precisarão do Estado e ninguém quer ter favor do Estado. Todas as pessoas querem se manter e manter sua família por sua própria capacidade do seu trabalho. Enquanto não há esse ambiente propício, já que diversos segmentos tiveram que dispensar mão-de-obra, nós precisamos assistir essas pessoas mais vulneráveis do Brasil e o faremos com toda tranquilidade. Creio que esse também é o entendimento do Governo Federal”, enfatiza Rodrigo Pacheco. Para o economista César Bergo, uma extensão do benefício pode impactar significativamente os cofres públicos. “Você está falando em algo próximo a R$ 20 bilhões a mais para conceder esses auxílios e estendê-lo por mais dois meses. Então ele funcionaria até agosto, por exemplo. O impacto é grande. As finanças públicas já estão em uma situação bastante complicada, as reformas necessárias não são aprovadas, não encaminharam a reforma Tributária e a reforma Administrativa. Então, isso vem complicando muito a questão das finanças públicas e as pessoas não podem esperar. Esse auxílio é urgente e prioritário”, afirma o economista. 

O Ministério da Cidadania e o Ministério da Economia não se manifestaram oficialmente sobre uma possível extensão do Auxílio Emergencial.

FONTE: Rede de Notícias Regional /Brasília

Por Luis Ricardo Machado

Crédito da foto: Roque de Sá/Agência Senado


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